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protozoários

Âncora 2

Protozoários

Âncora 1

Protozoários ou Protozoa (do latim proto "primeiro" e zoon "animal") são microorganismos eucarióticos geralmente unicelulares e heterotróficos (não possui a capacidade de produzir seu próprio alimento, e por isso se alimenta de seres vivos).

Os protozoários são classicamente divididos em quatro grupos de acordo com o seu meio de locomoção, sendo eles ciliados, flagelados, rizópodos e esporozoários. 

Os ciliados se locomovem na água através do batimento de cílios numerosos e curtos e aparece geralmente em água doce e salgada, e onde existe matéria vegetal em decomposição. Eles executam também outro tipo de reprodução, chamado de conjugação (sexuada), onde uma célula transmite material genético para outra célula, ocasionando uma variabilidade genética, o que é essencial para qualquer tipo de ser vivo. Depois da conjugação, as células realizam a reprodução assexuada. 

Os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo, são de vida livre e muitos deles são parasitas de seres humanos.

Os rizópodos utilizam pseudópodos ("falsos pés"), moldando a forma do seu próprio corpo para se locomover; é o grupo onde é encontrada a Ameba, que usa muitos pseudópodes para locomoção. A ameba é um ótimo exemplo de protozoário, obtendo seu alimento através do processo chamado fagocitose, e digerindo-o em seus vacúolos digestivos.' A densidade do seu citoplasma é maior que a da água que o envolve no ambiente, por isso ela tem que realizar periodicamente a osmose, ou seja, equilibrar a quantidade de água dentro do organismo. Para isso, ela utiliza os vacúolos pulsáteis para expulsar a água em excesso. Na realidade, o nome pulsátil é errôneo, pois o que acontece é que o vacúolo se forma cheio de água dentro da célula, se desloca até a membrana celular, e se desfaz lá, jogando a água para fora, e não como se fosse um "coração" batendo freneticamente.

Os protozoários que não possuem organelas locomotoras nem vacúolos contráteis são chamados esporozoários. Todos os esporozoários são parasitas obrigatórios. Porém é preciso lembrar que esses grupos não representam a origem evolutiva dos organismos, pois não são grupos monofiléticos.

Informações

Os protozoários em gados

Os protozoários podem habitar de modo positivo e negativo no organismo dos ruminantes, ajudando em sua digestão e fermentação do alimento, como também prejudicar.

O rúmen representa um complexo ecossistema composto por microrganismos como bactérias, fungos, protozoários ciliados e flagelados. Esses microrganismos produzem enzimas capazes de degradar a celulose das plantas, o que fornece energia ao seu hospedeiro em uma relação mutualística (Arcuri et al., 2006). Os protozoários ciliados podem variar entre 104 até 106 ciliados por mililitro de conteúdo ruminal (Kamra, 2005).

Além de sua forma positiva aos ruminantes também podemos encontrar patologias que prejudicam de diversas formas o animal, podendo ser até fatal.

Tripanossomose bovina

Bezerros e vacas em Pasto

A tripanossomose bovina é causada por um protozoário do gênero Trypanossoma, que ataca a corrente sanguínea do gado e rouba seus nutrientes. No Brasil, a espécie de maior relevância para os bovinos é o Trypanossoma vivax, que provoca o estado mais grave da doença.

vacas que pastam

Os animais infectados emagrecem, apresentam febre, anemia intensa, fraqueza progressiva e perda substancial de peso em curto período de tempo. Depois desse processo, eles morrem. Também podem apresentar lacrimejamento excessivo, conjuntivite e hiperexcitabilidade (podem ficam mais agitados). Além disso, a doença pode provocar perda de libido nos machos, retardamento da puberdade e baixa qualidade seminal. Nas fêmeas, ela afeta o clico de cio, pode resultar em baixa fertilidade, morte fetal, dificuldade no parto e abortos.

A patologia pode ser identificada através de um exame de sangue.

Sintomas

Sintomas

Transmissão
Transmissão
Transmissão
gado das montanhas
Transmissão

A transmissão mecânica, de maior importância no Brasil, se dá por meio de moscas hematófagas (que se alimentam de sangue), principalmente a mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans), difundida em boa parte do território nacional. A transmissão mecânica também pode ocorrer através da utilização de uma agulha para vários animais durante a aplicação de medicamentos ou vacinações. Os animais que sobrevivem não causam riscos aos humanos.

Red Barn

Tratamento

Segundo publicação da Embrapa sobre a doença, a droga disponível no país para tratamento é o dimenazene (aceturato de dimenazene), cuja dosagem recomendada é de 7,0 mg/kg. Medicamentos com os princípios ativos homidium (brometo ou cloreto de homidium) e isometamidium (cloreto de isometamidium) também são recomendados. O cloreto de isometamidium, considerado o medicamento mais eficaz no combate ao protozoário, não pode ser comercializado no país. A dificuldade para conseguir o produto é o principal entrave no combate à doença.

Fungos

Âncora 3
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Fungos

São organismos eucarióticos, ou seja, suas células possuem o material genético (DNA e RNA) envolto por um núcleo, o que os incluí no domínio Eukarya (classificação acima de reino). Para a sociedade estes organismos chamam a atenção por representações como cogumelos, mofos e bolores

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Dermatofitose

A dermatofitose bovina é uma doença fúngica cutânea de caráter contagioso, causada por um grupo de fungos patogênicos chamados dermatófitos. Infectam diversas espécies animais determinando, de modo geral, lesões secas arredondadas e comumente pruriginosas, que se distribuem nos tecidos queratinizados da pele que ataca principalmente bezerros abaixo de um ano de vida, estabulados em grupo. Animais imunodeprimidos, animais debilitados e magros podem também atuar como focos da infecção. Não há diferenciação da prevalência entre as raças e nem entre os sexos. Além disso, a dermatofitose é uma zoonose, podendo contaminar as pessoas que têm maior contato com os animais acometidos
O tratamento consiste na aplicação tópica de pomada à base de Tiabendazole (5 à 10%). Uma alternativa mais prática é aspergir os animais afetados com uma solução de Água Sanitária a 10% (o produto adquirido como Água Sanitária deve ser diluído em água, no intuito de se obter uma concentração de 10%). As lesões devem ser tratadas até a recuperação do quadro.

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Mastite

A mastite bovina é a inflamação do parênquima mamário que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como: vírus, fungos, leveduras e, principalmente, bactérias. A mastite é considerada a principal doença que afeta os rebanhos leiteiros no Brasil e no mundo, proporcionando as maiores perdas econômicos na exploração de bovinos leiteiros. Ela pode se apresentar na forma clínica ou subclínica, e o diagnóstico pode ser feito por meio do exame semiológico, ou laboratorial por meio da contagem de células somáticas no leite. O tratamento é realizado de acordo com o diagnóstico ou isolamento do microrganismo patogênico, podendo ser utilizados antibióticos, antifúngicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, terapia de suporte com fluidoterapia. O controle da mastite deve ter como objetivo a redução de novas infecções, por meio de boas práticas de higiene na ordenha e ambiente da vaca. Portanto, o principal método de controle é a prevenção com o estabelecimento de boas praticas de manejo na propriedade, tratamento dos animais acometidos e descarte dos casos crônicos. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo abordar os principais métodos de controle e prevenção da mastite nos rebanhos leiteiros.
 

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